Espacios. Vol. 37 (Nº 38) Año 2016. Pág. 12

Prontidão para atividade física e índice de massa corporal de frequentadores das academias da comunidade ao ar livre de Rio Branco-Acre

Readiness for physical activity and body mass index to regulars of the outdoor community academies of Rio Branco-Acre

Neméia de Oliveira FARIAS 1; Rubicleis Gomes da SILVA 2; Lucicléia Barreto QUEIROZ 3; Francisco Carlos da Silveira CAVALCANTE 4

Recibido: 14/07/16 • Aprobado: 12/08/2016


Conteúdo

1. Introdução

2. Método

3. Resultados e discussão

4. Conclusão

Referências


RESUMO:

Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência da prontidão para a prática de atividade física dos frequentadores das Academias da Comunidade ao Ar Livre do município de Rio Branco, bem como comparar o Índice de Massa Corporal dos frequentadores aptos e não aptos. Participaram da pesquisa 228 homens e 240 mulheres com faixa etária entre 40 a 59 anos, frequentadores de 12 academias distribuídas pela cidade. Foram coletados dados relacionados ao Índice de Massa Corporal e aplicado Questionário de Prontidão para a Atividade Física (PAR-Q). O PAR-Q apontou elevada prevalência de falta de prontidão (48,7%); houve diferença significativa entre nível de prontidão e IMC, de forma que os indivíduos não aptos apresentaram sobrepeso mais elevado que os indivíduos aptos.
Palavras chave: Prontidão, Atividade Física, Índice de Massa Corporal, Academias da Comunidade ao Ar Livre.

ABSTRACT:

This study aims to evaluate the prevalence of readiness for physical activity of the goers of Community gyms Outdoors of Rio Branco and also, compare the body mass index of able and not able goers. The participants were 228 men and 240 women aged 40 to 59 goers of 12 gyms throughout the city. The data were collected related to the body mass index and it was applied a Questionnaire of readiness for Physical Activity (PAR-Q). The PAR-Q showed high prevalence of lack of readiness (48.7%); there was a significant difference between the level of readiness and BMI, so that not able people showed higher overweight that the able individuals.
Key words: Readiness, Physical Activity , Body Mass Index , Community Gyms Outdoors

1. Introdução

Segundo Atena (2009), as rápidas transformações ocorridas nas cidades, implicaram expressiva redução da qualidade de vida da população. Neste contexto, observa-se uma preocupação com a conservação de áreas não transformadas pelo homem.

Os espaços livres são imprescindíveis para o bem-estar da população urbana, especialmente para aqueles com menor poder aquisitivo. Estes espaços devem ser concebidos a partir de fatores como adequação social, funcional, ambiental e estética, de forma que garanta a integração e apropriação do espaço pela comunidade (Sousa, Lopes, Alves & Cardoso, 2008).

São vários os benefícios obtidos com a implementação da urbanização das cidades, de forma que a construção de espaços públicos com o objetivo de combater o sedentarismo e promover um estilo de vida mais ativo da população, em geral parecem repercutir de forma positiva entre os frequentadores destes espaços servindo como um bom exemplo de política pública (Parra et.  al., 2011).

Discussões acerca da promoção da saúde ganharam destaque a partir das mudanças da sociedade, causadas pelo processo de transição demográfica, epidemiológica e nutricional.

Conforme Pinheiro, Freitas e Corso (2004), a transição nutricional acompanha os processos de Transição Demográfica e Epidemiológica. Desta forma podemos considerar que as mudanças no perfil alimentar e nutricional da população brasileira se devem, dentre outros fatores, a transformação de um país rural em urbano e industrial, mudando drasticamente o estilo de vida da população (Souza, 2010). Essa transição nutricional caracteriza-se pela redução contínua dos casos de desnutrição ao mesmo tempo em que assiste a um aumento da prevalência de excesso de peso (Souza, 2010; Coutinho, Gentil & Toral, 2008). Fato que colabora para alterações no perfil de saúde da população, contribuindo com o aumento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).

No ano de 2008, as DCNT foram responsáveis por 63% das mortes no mundo, sendo um terço de pessoas com idade inferior a 60 anos, a maior parte das mortes são atribuíveis às quatro principais causas das DCNT, as quais são as doenças do aparelho circulatório, o câncer, a diabetes e as doenças respiratórias crônicas. Grande parte das DCNT podem ser prevenidas através da redução dos seus fatores de riscos comportamentais que também são chamados de riscos modificáveis, os quais são tabagismo, álcool, inatividade física e alimentação inadequada (Alwan et. al., 2010; Brasil, 2011). A intervenção integrada desses fatores de risco além de atuar nos quatro principais grupos de DCNT, trará benefícios para as demais DCNT (Brasil, 2011).

A inatividade física é responsável por cerca de 3,2 milhões de mortes a cada ano (Who, 2009a).  A inatividade física aumenta entre 20% e 30% o risco de todas as causas de mortalidade (Who, 2010b). Em outra perspectiva, a atividade física regular reduz o risco de doença circulatória, incluindo a hipertensão, a diabetes, o câncer de mama e de cólon, além de depressão (Bárbara, 2012).

Estima-se que no Brasil haverá um aumento da população idosa de 8% para 15% nos próximos 20 anos. O aumento da expectativa de vida da população vem acompanhado pelo aumento da incidência e prevalência de DCNT (Organização Pan-Americana de Saúde, 2011). Sendo necessário o desenvolvimento de políticas públicas que atuem num sentido da promoção da saúde prevenindo ou retardando o aparecimento de DCNT. Diante do exposto, conforme a (American College of Sports Medicine, 1998) o aumento da expectativa de vida da população tem gerado um maior interesse sobre a aptidão física relacionada à saúde, motivado pelo reconhecimento da importância da atividade física regular na promoção e na manutenção da saúde.

Com foco na melhoria da qualidade de vida da população, as Academias ao Ar Livre surgem como parte do Programa Brasil Saudável do Ministério da Saúde (Brasil, 2006), cumprindo com o compromisso das diretrizes e ações previstas na estratégia global de alimentação e atividade física de 2004 proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS).  Levando isso em consideração, a cidade de Maringá cria o Programa Maringá Saudável, projeto com os mesmos objetivos do Programa Brasil Saudável. Assim, nasce a Academia da Terceira Idade (ATI) que é composta por um conjunto de equipamentos de ginástica desenvolvidos com base em modelo chinês (Sela & Sela, 2012). Sua utilização permite fortalecer, relaxar, alongar, dar agilidade e promover a flexibilidade do usuário (Ministério da Saúde, 2006).

A partir desta iniciativa, diversas cidades brasileiras inspiradas no pioneirismo de Maringá, implantaram o projeto Academia ao Ar Livre. No entanto, apesar de serem idealizadas para a população idosa, diversas faixas etárias estão usufruindo dos benefícios gerados por essas academias (Mazo, Quinaud, Salin & Virtuoso, 2013).

Na cidade de Rio Branco-AC, as ATI's receberam o nome de Academias da Comunidade ao Ar Livre (ACAL). Com  objetivo de incentivar a prática da atividade física na comunidade, em 2010 foi implantada a primeira Academia da Comunidade ao Ar Livre (ACAL) de Rio Branco e até março de 2016 estavam disponíveis e distribuídas por diversos bairros da cidade, 24 unidades das ACAL sob gestão da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer - SEMEL. As ACAL foram instaladas ao ar livre nos parques, praças, centros poliesportivos e centro de convivência da cidade (Rio Branco, 2013). Entretanto, são poucos os dados sobre o impacto e relevância das Academias da Comunidade ao Ar Livre na população, principalmente no que se refere às ACAL como política pública de saúde voltada ao desenvolvimento de uma região.

Por recomendação da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (2005), todos os indivíduos que iniciam um programa de atividade física regular, devem realizar uma avaliação clínica, com o objetivo de detectar condições que possam propiciar eventos cardíacos durante ou após o exercício físico (Hernelahti, Heinonen, Karjalainen, Nylander & Borjesson, 2008). Desse modo, o Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR-Q) é sugerido como padrão mínimo de avaliação pré-participação pela Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.

O alto custo das avaliações clínicas é um dos motivos pelo qual a anamnese (entrevista realizada por profissionais de saúde em busca de um diagnóstico) é bastante utilizada como avaliação pré-participação para determinar a prontidão para a prática de atividade física regular, tendo em vista seu baixo custo sendo responsável por 85% do diagnóstico de algum comprometimento, contra 10% dos exames clínicos e 5% dos exames laboratoriais (Silva, 2007). Nesse sentido, o Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR-Q) é sugerido como padrão mínimo de avaliação pré-participação pela Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.

Considerando que as Academias da Comunidade ao Ar Livre são espaços públicos destinadas a prática de atividade física relativamente novo no Brasil, ainda são poucos os estudos realizados sobre seu impacto. Tendo em vista o notável aumento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), há a probabilidade de utilização cada vez maior destes espaços por pessoas com estas condições de saúde. Diante do exposto, consideramos relevante averiguar se os frequentadores das Academias da Comunidade ao Ar Livre estão aptos a prática regular de atividade física.

Propostas que estimulam a comunidade a reverter o desgaste do meio ambiente e tornar-se uma comunidade mais saudável tem sido promovidas com objetivo de incluir grupos específicos da população, tais como crianças, idosos e deficientes (Canadá, 2010).

Pretende-se neste estudo avaliar a prevalência da prontidão para a prática de atividade física dos frequentadores das Academias da Comunidade ao Ar Livre do município de Rio Branco, bem como comparar o índice de massa corporal dos frequentadores aptos e não aptos.

A relevância desse estudo consiste no fato de que as ACAL são parte de uma política pública e, portanto, espaços abertos ao público, compostos por equipamentos que podem ser utilizados a qualquer momento, por qualquer pessoa e sem nenhum critério de segurança, sem avaliação médica e sem orientação de um profissional de Educação Física. Acredita-se que muitas pessoas podem estar se exercitando em busca de boa saúde, mas ao invés disso, sem o devido acompanhamento médico e orientação de um profissional de educação física podem, na realidade, estar agravando algum problema de saúde pré-existente que poderá impedi-lo a curto ou médio prazo de se exercitar e em situações extremas podem estar, inclusive, correndo risco de morte.

O artigo apresenta a seguinte estrutura: (1) Introdução, contextualização do tema, problema de pesquisa e objetivos; (2) Método, apresentação da forma como a pesquisa foi caracterizada, bem como os métodos de coleta e análise de dados; (3) Resultados e Discussão, descrição e análise dos dados; (4) Conclusão do estudo.

2. Método

Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva de corte transversal, realizada com os frequentadores das Academias da Comunidade ao Ar Livre de Rio Branco-Acre com faixa etária entre 40 a 59 anos.

Até março de 2016 estavam disponíveis e distribuídas por diversos bairros do município de Rio Branco 24 unidades das Academias da Comunidade ao Ar Livre (ACAL) sob a gestão da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer – SEMEL. A população urbana de Rio Branco com faixa etária entre 40 a 59 anos conforme dados do (IBGE, 2010) compreende a 26.123 homens e 29.492 mulheres, totalizando 55.615 indivíduos.

O tamanho da amostra foi dado por:

Em que n é o tamanho da amostra; σ2, nível de confiança escolhido, expresso em número de desvios-padrão; p, probabilidade de o fenômeno ocorrer; q, probabilidade complementar; e2, erro máximo permitido; e N, o tamanho da população. 

O cálculo para determinar o tamanho da amostra foi baseado em um nível de confiança de 3. Para a probabilidade de ocorrência do evento “p”, adotou-se 0,50 em virtude do não-conhecimento da ocorrência desse evento; consequentemente, “q” foi igual a 0,50 e o erro máximo “e” permitido foi de 10% para uma população de 26.123 homens e 29.492 mulheres, totalizando 55.615 indivíduos. Estimando-se assim, 224 mulheres e 224 homens totalizando 448 investigados.

Foram utilizados neste estudo os seguintes instrumentos de pesquisa:

 a) Ficha Diagnóstica com: Características do entrevistado; dados relacionados ao Índice de Massa Corporal (IMC). As medidas de peso e estatura foram obtidas conforme procedimento descritos por (Lohman, Roche & Martorell, 1988). O IMC foi calculado mediante divisão do peso da massa corporal pelo quadrado da estatura. Os indivíduos foram classificados, segundo o IMC, utilizando-se os pontos de corte recomendados pela Organização Mundial da Saúde (Who, 1998): IMC entre 18 a 24,9 kg/m2 = Eutrófico (saudável); IMC entre 25,0 a 29,9kg/m2 = sobrepeso; e valores de IMC > 30,0kg/m2 = obesidade.

b) Questionário da Prontidão para a Atividade Física (PAR-Q), sugerido pela Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e adotado pela Canadian Society for Exercise Physiology é composto por sete perguntas objetivas, cada questão tem a opção de ser assinalada com “SIM” para afirmação ou “NÃO” em caso de negação à questão (Mcardle, Katch & katch, 2001; Shepard, 1988).

A presença de, pelo menos, uma resposta positiva, indica a necessidade de o
avaliado consultar um médico, pois o PAR-Q é um instrumento validado que tem o objetivo de selecionar na população, indivíduos com alguma contraindicação para a prática regular de atividade física, mesmo de intensidade leve, que devem ser encaminhados a uma avaliação médica (Shephard, Cox & Simper, 1981).

Para a realização da pesquisa foram solicitados, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer – SEMEL, a permissão e o apoio para o desenvolvimento do estudo. 

Foi abordado o maior número possível de indivíduos que se encontrava nas proximidades e nas ACAL praticando atividade física (AF) no momento da coleta de dados. Na eventualidade da ACAL estar vazia, a pesquisadora permaneceu durante todo o período previsto no local (120 minutos) na tentativa de abordar algum frequentador que se enquadrasse no perfil da pesquisa. A coleta foi realizada em quatro dias da semana (segunda-feira, quarta-feira, sexta-feira e aos sábados) em dois horários do dia (6h30min-8h30min, 17h-19h), no período de outubro de 2015 à março de 2016.

O tratamento estatístico empregado foi a análise descritiva das variáveis. Para a comparação entre grupos foi utilizado o teste não paramétrico de kruskal-wallis, pois a normalidade verificada através do teste de Shapiro-Wilk não foi atendida. Os procedimentos estatísticos foram tratados e analisados no software SPSS 22.

3. Resultados e discussão

Conforme visto na Tabela 1, os homens possuem idades mais elevada, são mais pesados, mais altos e possuem sobrepeso mais elevado que as mulheres. O sobrepeso mais elevado entre os homens também foi verificado no estudo realizado por Gigante, Moura e Sardinha (2009) no qual a prevalência de excesso de peso foi de 47% para os homens e 39% para as mulheres. Souza, Sobral, Paz e Martins (2007) em estudo sobre prevalência de sobrepeso e obesidade entre funcionários plantonistas de unidades de saúde de Teresina-Piauí, observaram prevalência de sobrepeso de 35,75%, estando mais presente no sexo masculino (45,16%). De forma que 32,6% estavam com sobrepeso e 14,7% foram considerados obesos. O sexo feminino apresentou-se associado a IMC mais baixo e o masculino a IMC mais alto (p < 0,0001).

Tabela 01. Teste de medida em frequentadores das ACAL por gênero em Rio Branco-Acre, 2016.

VARIÁVEIS

N

GM

N

GF

P

Idade (anos)

228

49,27 ± 6,13

240

48,10 ± 5,74*

0,038

Peso (Kg)

228

81,37 ± 12,76

240

67,91 ± 10,86*

0,001

Altura (m)

228

1,71 ± 0,07

240

1,59 ± 0,07*

0,001

IMC

228

27,68 ± 3,78

240

26,68 ± 3,78*

0,004

N= número de sujeitos; GM = masculino; GF = feminino; IMC = índice de massa corporal;
o nível de significância estabelecido foi de  p≤ 0,05.

Na Tabela 2, a prevalência encontrada de falta de prontidão para a prática de atividade física regular (AFR) dos frequentadores das Academias da Comunidade ao Ar Livre (ACAL) foi de 48,7%, percentual consideravelmente alto e preocupante, especialmente por se tratar de uma faixa etária média de 48,67 anos. Conforme Mcardle, Katch e Katch (2003), após os 35 e 45 anos de idade os homens e mulheres, respectivamente, encontram-se mais propensos ao risco de acontecimentos de problemas cardiovasculares. Segundo Pereira, Barreto e Passos (2008) o avançar da idade aumenta o risco de doenças crônicas, com destaque para as cardiovasculares. Estabelecendo assim a necessidade de uma avaliação anterior ao início de uma atividade física.

Os valores encontrados neste estudo divergem dos achados por autores como Moreira et. al. (2010), com 25,5% de prevalência de falta de prontidão em estudantes de educação física da UFV; Pereir, Devéns, Moreira e Martins (2012), com 37,21% de prevalência em atletas universitários e Lopes, Moreira, Oliveira e Marins (2013), com 5,56% de prevalência em participantes de um torneio universitário.

Os estudos de Moreira, Oliveira, Garcia, Makkai e Marins (2007b), apresentaram 40,2% de prevalência de falta de prontidão em professores e técnicos administrativos do Centro de Ciências Exatas (CCE) da UFV; Moura, Moreira, Meloni, Oliveira e Marins (2008), encontraram 40% de prevalência em praticantes de atividades aeróbicas no campus da UFV; Costa e Paiva (2011), observaram 40% de prevalência em professores da rede pública estadual da cidade de Muriaé-MG.

Os resultados mais aproximados ao presente estudo foram obtidos por Moreira, Benfica, Meloni, Brito e Marins (2007a) em professores e técnicos administrativos do Centro de Ciências Agrárias (CCA) com 42,7% de prevalência de falta de prontidão; e Moreira, Rocha, Amorim e Marins (2011) em praticantes de futebol recreativo com 47% de respostas positivas.

Conforme Lopes et. al. (2013), é provável que a discrepância entre os valores encontrados para prevalência da falta de prontidão para atividade física tenha ocorrido devido as diferentes faixas etárias investigadas, visto que existe uma tendência ao declínio da aptidão para pratica de atividade física com o aumento da idade.

A prevalência de falta de prontidão para Atividade Física Regular (AFR) entre as mulheres foi de 58% e entre os homens, 39%. Resultado semelhante, no qual as mulheres apresentaram maior falta de prontidão que os homens, foram encontrados nos estudos de Moreira et. al. (2010) que apontou uma prevalência de falta de prontidão para (AFR) entre os homens de 36,67% e entre as mulheres de 63,33%. Nos estudos de Lopes et. al. (2013) as mulheres também apresentaram maior percentual de participação nas respostas afirmativas, apresentando 16,38%, enquanto os homens somaram 3,31%.

Tabela 02. Distribuição percentual geral e por gênero de indivíduos aptos e não aptos em Rio Branco-Acre, 2016.

PAR-Q

APTOS

%

NÃO APTOS

%

Geral

240

51,3

228

48,7

Masculino

139

61,0

89

39,0

Feminino

101

42,1

139

58,0

Fonte: autora do estudo

Na Tabela 3 podemos observar dentre os indivíduos que responderam ao Questionário de Prontidão para Atividade Física (PAR-Q), que 14,1% responderam positivamente a duas questões e 11,1% a três ou mais questões, havendo uma maior prevalência de respostas positivas entre as mulheres, tanto para aqueles sujeitos que responderam positivamente a apenas uma questão, quanto aos que responderam a duas e três questões. Desta forma, grande parcela da amostra pode ser considerada como de alto risco, pois conforme os critérios do PAR-Q não estão aptos a iniciarem um programa de atividade física regular sem uma avaliação médica prévia.

Os resultados encontrados são semelhantes aos verificados no estudo de Moura et. al. (2008), no qual 10% de respostas positivas a três ou mais questões do PAR-Q foram relatadas.

Os demais estudos verificados apresentaram resultados diferentes conforme observado nos achados de Costa e Paiva (2011), com 75% de seus avaliados respondendo a três ou mais questões do PAR-Q. Já nos demais estudos averiguados, os resultados encontrados apresentam percentuais bem inferiores como verificamos em Moreira et. al. (2007a), com 4,6% de seus avaliados respondendo a três ou mais questões do PAR-Q; Moreira et. al. (2007b), com 6,1% de indivíduos com três ou mais respostas positivas; Moreira et. al. (2010), com 0,9% de indivíduos com três ou mais respostas positivas; Pereir et. al. (2012), com 4,6 de indivíduos com três ou mais respostas positivas e Lopes et. al. (2013), em que nenhum indivíduo respondeu positivamente a mais de três questões.

Tabela 03. Distribuição das respostas positivas ao PAR-Q, de acordo com o gênero e geral em Rio Branco-Acre, 2016.

NUMERO DE RESPOSTAS

MASCULINO

N=228

FEMININO

N=240

GERAL

N=448

N

%

N

%

N

%

1 Positiva

45

19,7

65

27,1

110

23,5

2 Positivas

25

11,0

41

17,1

66

14,1

3 Positivas ou mais

19

8,3

33

13,8

52

11,1

Total

89

39

139

58

228

48,7

Fonte: autora do estudo 

Na Tabela 4, percebe-se que tanto homens, quanto mulheres apresentaram um percentual maior de prevalência de falta de prontidão para (AFR) em duas questões, à relacionada a problema ósseo, muscular ou articular que pudessem ser agravados com a prática de (AFR) com 20,51% das respostas positivas e a questão relacionada à recomendação médica para o uso de medicamentos para pressão arterial ou condição cardiovascular com 27,3% das respostas positivas.

Desta forma, podemos considerar que estes indivíduos necessitam de acompanhamento médico acerca do tipo de atividade física mais apropriado, bem como orientação de um profissional de Educação Física, haja vista que alterações na estrutura física dos indivíduos, como alterações posturais por exemplo, podem intensificar ou desencadear processos dolorosos e processos degenerativos articulares comprometendo, principalmente, o quadril e os joelhos. Ambos podem inviabilizar a prática de atividade física, caso os indivíduos não sejam devidamente orientados e preparados para a atividade, conforme recomendação da ACSM (2006).

Os resultados encontrados no estudo de (Cardoso, Tavares & Plavnik, 2008) sobre aptidão física em uma população de pacientes hipertensos, mostraram que as alterações encontradas mais comuns envolveram o quadril e os joelhos. Entre as alterações biomecânicas, o comprometimento dos joelhos parece ser o mais limitante para a prática regular da atividade física, pois além das alterações locais próprias, pode acometer outras articulações e limitar a capacidade ao exercício.

Indivíduos sintomáticos e/ou com importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares, metabólicas, pulmonares e do sistema locomotor, que poderiam ser agravadas pela prática de atividade física, exigem avaliação médica especializada, para definição objetiva de eventuais restrições e a prescrição correta de exercícios (Carvalho et. al., 1996). Desta forma, os 25,4% dos homens e os 29,2% de mulheres que responderam positivamente à recomendação médica para o uso de medicamentos para pressão arterial ou condição cardiovascular enquadram-se num grupo de alto risco, considerando que, pessoas que praticam exercício físico profissionalmente ou não, podem estar sob risco de evento cardiovascular quando não examinados previamente pelo médico cardiologista. (Koike, Machi & Wichi, 2008). O percentual maior de mulheres que responderam positivamente à questão supracitada corrobora com o exposto por (Rocha et. al., 2002) o qual observa que até 40 anos os homens são mais atingidos por hipertensão arterial e após essa idade são as mulheres as mais acometidas, devido à perda da proteção dos hormônios femininos com a chegada da menopausa.

Tabela 04. Distribuição das respostas ao PAR-Q por questão em Rio Branco-Acre, 2016.

PAR-Q

MASCULINO

FEMININO

GERAL

AP

%

N AP

%

AP

%

N AP

%

AP

%

N AP

%

R1

207

90,8

21

9,2

204

85,0

36

15,0

411

87,8

57

12,1

R2

212

93,0

16

7,0

212

88,3

28

11,7

424

90,5

44

9,4

R3

212

93,0

16

7,0

216

90,0

24

10,0

428

91,4

40

8,5

R4

215

94,3

13

5,7

213

88,8

27

11,3

428

91,4

40

8,5

R5

191

83,8

37

16,2

181

75,4

59

24,6

372

79,4

96

20,51

R6

170

74,6

58

25,4

170

70,8

70

29,2

340

72,6

128

27,3

R7

211

92,5

17

7,5

213

11,3

27

11,3

424

90,5

44

9,4

AP = apto; NAP = não apto
R1: Alguma vez um médico ou profissional de saúde disse que você possui um problema de coração e recomendou que fizesse atividade física sob supervisão médica?
R2: Você sente ou já sentiu dor ou pressão no peito quando faz atividades físicas?
R3: No último mês, você sentiu dores no peito quando não praticava atividade física?.
R4: Você tende a cair ou a perder a consciência, como resultado de tonteira?
R5: Você tem algum problema ósseo, muscular ou articular que poderia ser agravado com a prática de atividades físicas?
R6: Algum médico já recomendou o uso de medicamentos para a sua pressão arterial ou condição cardiovascular (ex: diuréticos e outros)?
R7: Você tem conhecimento, através de sua própria experiência ou aconselhamento médico,  de alguma outra razão que o impeça de praticar atividades físicas sem supervisão médica?

Na Tabela 5, pode-se observar que houve diferença significativa do IMC entre os frequentadores aptos e não aptos (p<0,05). Quando observado homens e mulheres separadamente, a diferença permanece significativa, de forma que os indivíduos não aptos apresentam sobrepeso mais elevado que os indivíduos aptos. Entretanto, ressalta-se que mesmo entre os indivíduos aptos, a média do IMC indica sobrepeso. Acredita-se que um dos fatores que colaboram para este resultado esteja relacionado a faixa etária do grupo investigado, visto que existe uma tendência ao aumento de peso corporal com o avançar da idade.

Costa et. al. (2014) em estudo sobre evolução do excesso de peso e fatores associados em mulheres entre 10 a 49 anos, relatou que o excesso de peso aumentou de 32,8% em 1997 para 41,7% em 2006, representando um incremento de 27,1%.

Em estudo sobre fatores de risco associados ao sobrepeso e à obesidade em mulheres (Teichmann, Olinto, Costa & Ziegler, 2006) mostrou que as prevalências de sobrepeso foram maiores nas mulheres de baixa escolaridade e a partir dos 40 anos. A prevalência de sobrepeso apresentou um aumento de 60% nas mulheres entre 50 a 60 anos comparadas com as mais jovens (20 a 29 anos).

Filardo e Petroski (2007) em estudo sobre prevalência de sobrepeso e obesidade em homens adultos, no diagnóstico de IMC a prevalência de sobrepeso e obesidade foi 36,3% e
9,3%, respectivamente. Um sujeito na faixa etária entre 30 a 34 anos com sobrepeso, a prevalência é de 46% maior que outro sujeito da faixa etária entre 20 a 24 anos. O estudo encontrou alta prevalência de excesso de peso (um a cada três sujeitos).

O sobrepeso e a obesidade têm aumentado muito nos últimos tempos afetando diretamente a qualidade de vida dos indivíduos, estando o sobrepeso e a obesidade associados ao aumento dos riscos para o acometimento de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, ateriosclerose, hiperlipidemias, diabetes, incontinência urinária, artrose, patologias biliares, vários tipos de câncer (Rasia, Belezi, Bigolin & Schneider, 2007). Desta forma, indivíduos com sobrepeso que apresentaram falta de prontidão para (AFR) compõem um grupo de risco, pois a prática de atividade física sem a devida orientação médica e acompanhamento de um profissional de educação física corre o risco de gerar condições orgânicas de limite físico com consequências no estado de saúde.

Tabela 05. Diferença de IMC entre frequentadores aptos e não aptos das ACAL, em Rio Branco-Acre, 2016.

GRUPOS

%

APTOS

%

NÃO APTOS

P

AG

51,3

26,7 ± 3,4

48,7

27,6 ± 4,1*

0,007

GF

42,1

25,3 ± 4,0

58,0

27,2  ± 4,0 *

0,008

GM

61,0

27,3 ± 3,4

39,0

28,3 ± 4,2*

0,033

AG = Ambos os gêneros; GF = grupo feminino; GM = grupo masculino; * =  nível de significância estabelecido foi de p ≤ 0,05

4. Conclusão

O Questionário de prontidão para atividade física (PAR-Q) apontou uma elevada prevalência de casos positivos com riscos à saúde, no qual 48,7% da população estudada apresentou falta de prontidão, dentre os quais as mulheres responderam pela maior prevalência de casos positivos.

Há diferença significativa entre nível de prontidão e índice de massa corporal (IMC), de forma que os indivíduos não aptos apresentaram sobrepeso mais elevado que os indivíduos aptos. O que indica maior atenção a esta parcela da população, visto que o sobrepeso e a obesidade estão associados a diversos fatores de risco à saúde de forma que a prática de atividade física somada ao sobrepeso e a falta de aptidão para atividade física podem culminar com o risco de morte.

Para além da implantação e manutenção das Academias da Comunidade ao Ar Livre (ACAL), é extremamente necessária a presença de um profissional de Educação Física nos horários mais propícios para atividade física. A presença deste profissional seria um estimulador para a população utilizar estes espaços com regularidade, visto que receberiam orientações sobre o uso adequado dos aparelhos, duração, frequência e intensidade do treino, além de orientações sobre a importância da avaliação médica antes do início de qualquer atividade física. 

A implantação das Academias da Comunidade ao Ar Livre, assinala a preocupação dos gestores públicos com a saúde e qualidade de vida da população de Rio Branco, sendo esta uma forma de combater o sedentarismo. Entretanto, outras ações devem ser implementadas para que os frequentadores das Academias da Comunidade ao Ar Livre tenham o devido acompanhamento médico e de um profissional de Educação Física, garantindo assim uma prática orientada.

As Academias da Comunidade ao Ar Livre, são espaços públicos destinados a prática de atividade física relativamente novo no Brasil, ainda são poucos os estudos realizados sobre seu impacto, da mesma forma são poucos os estudos sobre o nível de prontidão para prática de atividade física. O número reduzido de estudos que utilizaram os mesmos instrumentos e padrões aplicados ao presente trabalho é um fator limitante deste estudo.

Os equipamentos das ACAL podem ser utilizados a qualquer momento, por qualquer pessoa, sem nenhum critério de segurança, sem avaliação médica e sem orientação de um profissional de Educação Física. Dentre os riscos para saúde pública podemos citar, o possível agravo a algum problema de saúde pré-existente que poderá impedir alguns indivíduos, a curto ou a médio prazo, de se exercitarem e em situações extremas podem estar, inclusive, correndo risco de morte.

Por fim, sugere-se que novos estudos sejam realizados para ampliar a produção de conhecimento nessa área, já que essas academias têm sido utilizadas por pessoas de todas as faixas etárias.

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1. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Acre, UFAC, Brasil. E-mail: nemeiafarias@hotmail.com
2. Doutor em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa, UFV, Brasil. Professor do Centro de Ciências Jurídicas e Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Acre, UFAC, Brasil. E-mail: rubicleis@uou.com.br
3. Doutora em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, FPCEUP, Portugal. Professora do Centro de Ciências da Saúde e do Desporto da Universidade Federal do Acre, UFAC, Brasil. E-mail: lucyqroz@gmail.com

4. Doutor em Economia Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, Brasil. Professor do Centro de Ciências Jurídicas e Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Acre, UFAC, Brasil. E-mail: fcscarlito@uol.com.br


Revista Espacios. ISSN 0798 1015
Vol. 37 (Nº 38) Año 2016

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