Espacios. Vol. 37 (Nº 03) Año 2016. Pág. 5
Fernanda Koch BENDER 1; Denise Quaresma da SILVA 2
Recibido: 13/09/15 • Aprobado: 18/11/2015
4. Análise dos resultados e discussão
RESUMO: Este estudo é uma revisão sistemática e objetiva verificar as publicações científicas na base de dados Scielo no período de 2004 à 2014 sobre o estresse profissional, utilizando os descritores estresse profissional, estresse profissional na Tecnologia de Informações, gênero e estresse. Os resultados apontam que com o descritor estresse profissional foram encontrados 57 artigos, sendo 75% da área da saúde, o público mais estudado foram as equipes de enfermagem em 39 % dos artigos. Em relação à gênero e estresse foram encontrados 30 artigos sobre esta predominância. Para o descritor estresse profissional na TI não foram encontradas publicações neste período. |
ABSTRACT: This study is a systematic and objective review to check the scientific publications in the Scielo database from 2004 to 2014 on the professional stress, using the descriptors: professional stress, professional stress in Information Technology, gender and stress. The results show that with the professional stress descriptor found 57 articles, 75 % of health care and the most studied public were the nursing staff in 39% of articles. With regard to gender and stress were found 30 articles on this predominance. Descriptor for professional stress in IT have not found any articles |
Defina-se como saúde resultado da interação entre fatores sociais, culturais e econômicos de um ambiente, onde está inserido o indivíduo, neste caso trabalhador, com recursos pessoais que lhe permitem optar por ações e estilos de vida que determinarão seu bem-estar e qualidade de vida. Ainda, na perspectiva da saúde do trabalhador, encontra-se o trabalho, cuja relação favorece a saúde ou o adoecimento (DEJOURS, 2005). O estresse está ligado à capacidade de adaptação e à mudança (Moal, 2007). É uma relação particular entre o indivíduo e o ambiente, tornando-se essencial compreender todo e qualquer recurso psicológico e social que intermedeie este contato (Cooper & Dewe, 2007; Lazarus, 2000; Moal, 2007).
O ambiente do trabalho se modificou e acompanhou o avanço das tecnologias com mais velocidade do que a capacidade de adaptação dos trabalhadores, os profissionais vivem hoje sob contínua tensão (BALLONE, 2005).
Os profissionais de Tecnologia da Informação – TI (a partir deste momento, usaremos no texto a sigla TI), sofrem mais com o estresse do que especialistas de qualquer outra atividade profissional: 97% dos profissionais de TI consideravam o seu trabalho estressante (SOFTEX, 2009).
De acordo com a organização da sociedade civil de interesse público, responsável pela gestão do programa prioritário do governo para a promoção da excelência de software, o número de empresas pertencentes a indústria brasileira de software e de serviços de tecnologia da informação (TI) vem crescendo, desde 2003, a taxa média anual de 4,8%, tendo, no ano de 2009, atingindo cerca de 67.851 empresas de TI, com o crescimento médio anual do número de pessoas ocupadas no setor de 12.6% , totalizando cerca de 540.000 profissionais empregados (SOFTEX ,2009). Segundo pesquisas a profissional do sexo feminino é mais estressada do que o profissional do sexo masculino devido à sobreposição de papéis entre as responsabilidades da casa e do trabalho (LIM e TEO,1999) (MOORE, 2000) (ROCHA e PAIS-RIBEIRO, 2001) e (REGGIANI, 2006).
Baseado nestes pressupostos, apontamos os objetivos gerais da pesquisa que originou este artigo, que estiveram focados em verificar o que está sendo estudado sobre o estresse profissional e identificar os estudos realizados sobre um público específico, que são os profissionais da TI, e analisar os estudos sobre gênero e estresse.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o estresse está associado a sete entre cada 10 das principais causas de morte em países desenvolvidos (QUICK, COOPER,2003).
Atualmente, o estresse tem sido considerado como a "doença" do século em decorrência do somatório de fatores intrínsecos e extrínsecos ao indivíduo, podendo causar sérias complicações à saúde se esses fatores não forem controlados (NUNOMURA; TEIXEIRA; CARUSO, 2004). O conceito de estresse surge emprestado da Física, o estresse é uma das causas mais comuns de doenças, considerando isso algumas categorias profissionais são mais afetadas do que outros (FRANÇA E HIPPERT,2002).
Quanto ao estresse, pesquisadores estimam que entre 60 à 90% de todas as visitas ao médico são de grande parte devido aos fatores psicológicos, emocionais e comportamentais, ou seja, relacionados diretamente ao estresse excessivo (BENSON, 2010). A maioria das doenças ocupacionais tem correlação com o estresse, pois o desgaste que as pessoas são submetidas no ambiente e nas relações de trabalho, é um fator determinante para as doenças, mais significativo (LIMONGI e RODRIGUES,2005).
O estresse relacionado ao trabalho está relacionado à situações em que a pessoa percebe seu ambiente de trabalho como ameaçador às suas necessidades de realização pessoal e profissional, assim como uma ameaça para a sua saúde física ou mental, prejudicando essa relação de trabalho com o ambiente de trabalho; na medida em que esse ambiente contenha demandas excessivas a ela ou que ela não tenha recursos adequados para enfrentar qualquer situação (PAIS- RIBEIRO, 2009).
Os elementos estressores no trabalho são muito comuns e frequentes, uma vez que a maioria dos adultos passa grande parte do dia no desempenho de tarefas laborais, e o estresse é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma epidemia global (PAIS- RIBEIRO, 2009).
O estresse pode comprometer o profissional através de diversas manifestações em diferentes graus, ilustrado pelos seus principais sintomas: esgotamento emocional, raiva, irritabilidade, ansiedade. E por sintomas físicos como: problemas de ordem muscular como tensões, dores de cabeça, dores nas costas, acidez no estômago, flatulência, diarreia, constipação, elevação da pressão sanguínea, arritmias, sudorese excessiva das mãos, palpitações, tontura, enxaqueca, dores no peito e falta de ar (NUNOMURA; TEIXEIRA; CARUSO, 2004). Se o estresse diário continuar e entrar na fase de exaustão ocorrerá uma queda no mecanismo de defesa do organismo, ocasionando doenças como: úlcera digestivas, hipertensão arterial, derrames cerebrais, infartos agudos do miocárdio, câncer, depressão, distúrbios nervosos, artrite, alergias e dores de cabeça (NAHAS, 2001).
O estresse no trabalho é decorrente da inserção do indivíduo nesse contexto, pois o trabalho, além de possibilitar crescimento, transformação, reconhecimento e independência pessoal, também causa problemas de insatisfação, desinteresse, apatia e irritação. Comentam ainda que o trabalho deve ser algo prazeroso, com os requisitos mínimos para a atuação e para a qualidade de vida dos indivíduos (BATISTA E BIANCHI, 2006). O estresse leva ou é acionado pelo sofrimento psíquico, sendo esse considerado um espaço intermediário que marca a luta entre o funcionamento psíquico e as pressões do outro. O autor defende que o indivíduo resiste vigorosamente as pressões que entende como moralmente sofridas pela massa (DEJOURS, 1988, 2002). O sofrimento do indivíduo traz consequências sobre seu estado de saúde e igualmente sobre seu desempenho, pois passam a existir alterações e ou disfunções pessoais e organizacionais, com repercussões econômicas e sociais (MUROFUSE; ABRANCHES; NAPOLEAO, 2010).Embora seja impossível viver sem estresse o seu excesso pode causar danos graves a saúde tanto física quanto emocional, podendo intervir na rotina diária, assim como afetando a produtividade e o relacionamento interpessoal (NAHAS, 2001) (SHARKEY, 2008).
O trabalhador de certo modo não é passivo, pois ele reage e interage com as situações diárias, diante da pressão da organização. O sujeito pensa sobre o trabalho e faz interpretações acerca de situações. Ele reage e interage com o meio, da mesma forma com o seu processo de trabalho, sendo mediador privilegiado entre o inconsciente e o campo social. Desta forma constrói a sua saúde mental (DEJOURS, 1994). Os profissionais de TI também reagem e interagem, vivem em constante nível de estresse pela elevada cobrança, pois o futuro de um sistema, um software está sob seus cuidados. Essa responsabilidade em cima do trabalhador causa um acumulo de preocupações e desgastes, sendo este um dos possíveis potencializados do nível de estresse desses profissionais. Esses trabalhadores se enquadram na categoria de profissionais que passam horas em condições limitadas de movimentos em frente ao computador e no seu tempo livre costumam fazer atividades passivas, como televisão, internet, jogos eletrônicos, provocando doenças hipocinéticas (doenças associadas a falta de exercício físico e cuidados com a alimentação como: diabetes tipo 2, a hipertensão arterial, obesidade mórbida, arteriosclerose múltipla, osteoporose e o câncer) (NAHAS, 2001).
Em pesquisa realizada na Irlanda, constatou-se que os profissionais de TI sofrem mais com o estresse do que especialistas de qualquer outra atividade profissional: 97% dos profissionais de TI consideravam o seu trabalho estressante (REGGIANI, 2006). Em outros estudos se identificou 63% de estudantes apresentavam sintomas relevantes de estresse ocupacional e 71,4% baixa qualidade do sono, sendo que as principais fontes de estresse encontradas nessa população foram a sobrecarga de trabalho 63%, falta de feedback 57,7%, e estresse interpessoal 57,7 % (NEVES NETO, 2009). Como a atividade de TI é complexa, os profissionais dessa área precisam de um treinamento técnico especifico e constante aprimoramento em virtude do ciclo continuo e rápido de mudanças tecnológicas. Ele necessita de uma série de habilidades no seu perfil que podem ser divididas em técnicas, negócios ou comportamentais (REZENDE; ABREU, 2000). De acordo com a organização da sociedade civil de interesse público, responsável pela gestão do programa prioritário do governo para a promoção da excelência de software, o número de empresas pertencentes a indústria brasileira de software e de serviços de tecnologia da informação (TI) vem crescendo, desde 2003, a taxa média anual de 4,8%, tendo, no ano de 2009, atingindo cerca de 67.851 empresas de TI, com o crescimento médio anual do número de pessoas ocupadas no setor de 12.6% , totalizando cerca de 540.000 profissionais empregados (SOFTEX ,2009).
De acordo com pesquisas realizadas em Cingapura, o sexo feminino que trabalha na área de TI, se sente mais estressado, considerando principalmente o grande número de demanda, a ambiguidade de papeis e a própria atividade de manutenção de sistemas, considerando uma insatisfação com o trabalho maior que a dos homens, e necessidade de sair da empresa (MOORE, 2000) (REGIANE, 2006).
Se torna de suma importância para o perfil feminino a manutenção diária de um ambiente satisfatório de trabalho, um bom clima organizacional, enquanto os homens, costumam acusar descontentamento quando percebem situações graves e com maior tempo de incomodo (ROCHA E PAIS- RIBEIRO, 2001).
Este estudo trata-se de uma revisão sistemática, que propõe um estudo bibliográfico verificando as publicações sobre o tema estresse profissional na base de dados Scielo no período de tempo de 2004 à 2014, objetivando identificar os estudos realizados sobre um público específico, que são os profissionais da TI e analisar o que está sendo estudado sobre o tema em relação à gênero e estresse. A revisão sistemática deve prover um formato replicável e rigoroso para a coleta dos artigos a serem analisados criticamente em um processo de revisão (TRANFIELD; DENYER; SMART,2003). Esta é sua principal diferença em relação aos métodos tradicionais de revisão de literatura (CASTRO 2001; BECHEIKH; LANDRY; AMARA, 2006).
De acordo com Kitchenham (2004), a revisão sistemática tem o objetivo de identificar, avaliar e interpretar as investigações relevantes para um estudo especifico de uma pesquisa. Construída por três etapas: planejamento, condução e documentação. O presente estudo faz uso de artigos científicos publicados na base de dados Scielo, no período da última década, utilizando os seguintes descritores: estresse profissional, estresse profissional na TI, gênero e estresse.
A análise dos dados encontrados foi a análise de conteúdo proposta por Bardin (1994), com apoio dos dados qualitativos. A análise proposta por esta autora passa a ser definida como um conjunto de técnicas de exame de comunicações, que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) dessas mensagens (BARDIN, 1994).
O estudo identificou com o descritor estresse profissional 59 artigos, mas somente 57 serão considerados válidos para essa revisão literária. Os critérios de inclusão foram embasados no fato dos artigos tratarem de seres humanos e estarem no período de tempo determinado na pesquisa. Os dois artigos eliminados abordam pesquisas que não estudam seres humanos. Desta forma, iremos classificar os 57 selecionados de acordo com os descritores utilizados na busca, que foram estresse profissional, gênero e estresse e estresse profissional na TI.
Gráfico 01- Descritores
Fonte: Produzido pelos autores, 2015.
A área que mais pesquisa artigos relacionados ao estresse profissional é a saúde, conforme o gráfico 02, abaixo
Gráfico 02- Estresse Profissional
Fonte: Produzido pelos autores, 2015.
Desta forma a maioria dos artigos com o descritor estresse profissional está direcionado para a área da saúde correspondendo a 75% do total de artigos, com 16% da amostra os artigos estão relacionados a área da educação, 7% área organizacional e apenas 2% a área de transportes. Não foi encontrado artigos relacionados a área de TI.
Percebe-se que a área da saúde por ter situações de exposição dos trabalhadores a riscos mais visuais (pacientes e doenças), está mais enraizada a preocupação com esse trabalhador, o que podemos supor por esse grande número de publicações nesta área (GOMES, CABANELAS, 2009).
Os artigos da área da saúde relacionados ao estresse profissional abordam preocupações com a saúde dos trabalhadores como médicos(SPILIOPOULOS,2009), enfermeiros (GOMES, CABANELAS, 2009), equipes de técnicos de enfermagem (CORRAL-MULATO, 2011), profissionais da saúde mental (ABREU, 2002), bombeiros (SALVADOR, 2013) equipe de pronto atendimento (FARIAS,2011), pacientes idosos (LERA, 2011) e profissionais da saúde de um modo geral sem especificação. De acordo com o gráfico 03
Gráfico 3 – Público área da saúde
Fonte: Produzido pelos autores, 2015.
Outro ponto relevante identificado nesse estudo foi a predominância do uso do método qualitativo para as pesquisas. Considerando o total de artigos da área de saúde (43), 41 trabalhos utilizaram metodologia e apenas 02 são revisões bibliográficas, e não houve nenhum estudo quantitativo encontrado.
Considerando as regiões do Brasil que publicaram esses artigos da área da saúde, identificou-se que é a região de São Paulo é a que mais estuda esta temática (24 artigos), seguida de Rio de Janeiro (5), Recife (2) e os outros nas demais regiões, o que denota pouca produção de trabalhos relacionado ao tema estresse profissional nas demais regiões do pais. De acordo com o gráfico 04:
Gráfico 4 – Estresse profissional e regiões
Fonte: Produzido pelos autores, 2015.
Na busca pelo descritor gênero e estresse foram encontrados 30 artigos, considerados na última década, com a predominância novamente da área da saúde 60 % (18) estudos. Desta forma o que podemos supor é que existe uma preocupação com essa área de atuação tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
Gráfico 5 – Gênero e estresse
Fonte: Produzido pelos autores, 2015.
Percebemos a predominância do estado de São Paulo nos estudos publicados com relação de gênero e estresse totalizando 12 os estudos da área da saúde totalizando 15 estudos.
O estresse ocupacional no modo de vida atual tornou-se uma importante fonte de preocupação e é reconhecido como um dos riscos mais sérios ao bem-estar psicossocial do sujeito. Várias pesquisas descrevem a complexidade do tema e a necessidade de outros estudos sobre a etiologia do problema. O estresse relacionado ao trabalho coloca em risco a saúde dos membros da organização e tem como consequências o desempenho ruim, baixo moral, alta rotatividade, absenteísmo e violência no local de trabalho (ABREU, 2002). O burnout seria o estágio mais grave do estresse relacionado ao trabalho, consiste na síndrome da desistência, pois o indivíduo, nessa situação, deixa de olhar e investir em seu trabalho e nas relações afetivas que dele decorrem e, aparentemente, torna-se incapaz de se envolver emocionalmente com a atividade. Os estudos sobre burnout se iniciaram juntamente com os estudos de Pavlov, este pesquisador constatou que cães submetidos a uma tarefa progressivamente difícil de realizar, como por exemplo, diferenciar um círculo de uma elipse, apresentavam um rompimento no comportamento e esse rompimento foi denominado, por Pavlov, de neurose experimental .Por analogia, os seres humanos poderiam entrar em burnout ao se sentirem incapazes de investir em seu trabalho, em consequência da incapacidade de lidar com o mesmo (CODO E VSQUES –MENEZES, 1999).
O contexto social a que os profissionais de saúde no Brasil estão inseridos, deve ser considerado. O sofrimento físico, psíquico e social que os pacientes apresentam, as condições precárias de atendimento, os baixos salários e o pequeno tempo disponível para uma consulta são fatores relevantes para pensar os processos de estresse ocupacional e burnout (ABREU, 2002). Pressupõe que a atividade, nesse ambiente de trabalho permeado pela hierarquia, dificulta a afetividade entre paciente e profissional e, a partir daí, evidencia potenciais de estresse ocupacional e burnout (BRANCO, 1998).
Foram identificadas em um estudo com enfermeiros em São Paulo, que 52% destes foram classificados como estressados, estando esta condição relacionada à função gerencial, conforme aumenta a faixa etária, e o enfrentamento de situações críticas. Dentre as situações críticas, os itens considerados fatores de risco para o estresse destacam-se: enfrentar as crises e a remuneração (GUERRER, 2008).
A experiência com a residência médica, em São Paulo, tem mostrado que os residentes (médicos) são submetidos a diversos tipos de estresse durante o treinamento, e que estes fatores estressantes podem produzir efeitos graves tanto para os residentes como para a qualidade da assistência por eles prestada aos pacientes (MARTINS, 2005).
Com médicos da oncologia pediátrica, também em São Paulo, mostrou que os entrevistados relataram que o diagnóstico, o tratamento e a morte são fatores estressantes desde o momento de chegada da criança ao hospital. Nesse caso o estresse profissional está relacionado diretamente ao ambiente, a relação entre médico e paciente e a própria temática da doença. Tal momento é visto pelo profissional como muito difícil, pois este, embora compreenda o sofrimento da criança e dos familiares por antever as dificuldades a serem enfrentadas, nem sempre se sente em condições de atendê-los de forma adequada. O tratamento é visto pelos profissionais como muito penoso para a criança (RAMALHO E NOGUEIRA, 2007).
Estudos apontam que o preconceito e a discriminação de gênero também são considerados como fatores estressores. Como na profissão militar, as mulheres policiais, comentam que se sentem avaliadas não só pela patente, mas também pelo sexo. Percebem diferenças na distribuição das atividades entre homens e mulheres e grande desconfiança dos homens em relação à sua capacidade (BEZERRA, MINAYO E CONSTANTINO, 2013). Na área educacional se percebeu que o gênero masculino apresenta maiores índices para a saúde mental e, de forma correspondente, para os fatores de apoio em todas as dimensões do trabalho. Na amostra estudada, pessoas do gênero feminino apresentaram mais estresse pessoal, social e no trabalho e mais fatores psicossociais de risco -ou seja, menores índices de saúde mental - do que o masculino, evidenciando maior risco para adoecimento físico e/ou mental (AREIAS E GUIMARÃES, 2004). Outras pesquisas afirmam que as mulheres são pouco participativa em decisões sindicais pela sua organização de vida e pela necessidade de cuidar da sua família e sua casa, além de trabalhar fora. Os dados revelaram quanto a socialização de gênero envolve as esferas produtiva e reprodutiva da vida das mulheres, especialmente as da classe trabalhadora. Deve-se considerar a superposição trabalho remunerado e não remunerado, produtivo e reprodutivo, para perpetuação dos mecanismos de exploração das mulheres. Também pudemos evidenciar quanto a ideologia de gênero e, correlatamente, a naturalização da divisão sexual do trabalho, obscurece a consciência dessas trabalhadoras sobre a exploração a que estão submetidas (ELIAS E NAVARRO, 2006)
No descritor estresse e TI não foram encontrados resultados na pesquisa no Scielo, no período da última década, o que aponta para a necessidade de pesquisas nesta área. Como não encontramos nenhuma publicação sobre este tema, refizemos a busca com o uso de outro descritor, estresse e informática e encontramos apenas um estudo de 1995, desclassificado para este estudo por estar fora do período pesquisado.
No Brasil há pouquíssimos museus, mesmo virtuais, referente à história da computação e os existentes são recentes, como: MCI – Museu da Computação e Informática; Museu do Computador da UEM – Universidade Estadual de Maringá; Museu do Computador; Museu Virtual da Informática; e Museu de Informática. Desta forma os fatos ocorridos no Brasil em relação a TI, são mencionados de forma incompleta ou fragmentada, a maioria dos materiais expostos e publicados refere-se aos acontecimentos internacionais, dificultando o conhecimento e divulgação dessa área dentro do mercado profissional (CARDI,2002). Somente em 1984 foi sancionada a Lei nº 7.232, que valorizou a área de informática no Brasil. Esta lei fixou a Política Nacional de Informática, colaborando para que o mercado nacional de informática chegasse a atingir taxas de crescimento de 30% ao ano em meados da década de 80. O país alcançou em 1986 a sexta posição no mercado internacional de informática (CARDI,2002).
O uso da internet de modo comercial, e para os profissionais da informática se somente a partir ano de 1995, o que facilitou o desenvolvimento de mais empresas no ramo (CARDI, 2002).
O início do ensino da computação no Brasil nasceu com uma série de minicursos, como por exemplo, os que aconteceram dentro da PUC-Rio, ITA e UFMG, esses foram ministrados por Teodoro Oniga e o jovem Carlos José Pereira de Lucena. Depois iniciaram-se as atividades de cursos de pós-graduação, direcionados aos graduados em outras áreas como Matemática e Engenharia. Praticamente todas as universidades, exceto a USP, começaram suas atividades na área da computação com cursos de pós-graduação, fato este que ocorreu na maior parte do mundo, pois o objetivo era formar professores para lecionar nos cursos de graduação de matemática e engenharia (CARDI, 2002). Apenas após os anos 80, é que surge a graduação de Ciência da Computação e somente nos anos 2000 é que surge os tecnólogos da área, fragmentando e direcionando mais as atuações na Tecnologia da informação (CARDI,2002).
Considerando os descritores estresse profissional, estresse na área de TI, e estresse e gênero, se faz necessário alertar para a falta de estudos sobre os temas pesquisados, constatados pela escassez relacionados a estes temas.
A área de TI tem por característica um ambiente de avanço tecnológico, rápido e exigente o que por sua vez gera um volume grande de demanda para os profissionais dessa área. Existe uma elevada cobrança para a entrega dessas demandas e por outro lado poucos profissionais aptos para suprir essa necessidade. Com isso apresenta-se um ambiente de maior pressão, podendo ser um ambiente ameaçador. Através desse estudo de pesquisa sobre o estresse nessa área de trabalho, percebe-se que há pouca preocupação com esses trabalhadores.
O estresse ocupacional é um tema amplamente debatido principalmente na área de saúde. A área de tecnologia, que é reconhecidamente uma das áreas mais estressantes, merece estudos que expliquem os fatores de estresse. Em geral, os novos sistemas que são implantados nas grandes empresas geram mudanças significativas em toda a estrutura organizacional, o que aumenta a responsabilidade, por parte dos profissionais de tecnologia, para cumprir prazos e entregar produtos com a menor quantidade de erros (FOSTER, CORSO, RÓGIO, VIRTUOSO E SILVA, 2007).
Considerando estresse e gênero percebemos que ainda há grande diferenças no modo de encarrar o trabalho, assim como essa diferenciação pode ser um fatore de estresse para as mulheres, que ficam em desvantagens em algumas profissões (BEZERRA, MINAYO E CONSTANTINO, 2013).
No ensaio "Technology, production and power", Cynthia Cockburn (1992) defendeu que a habilidade em lidar com a tecnologia é uma fonte de poder. Ela entende que essa concentração de poder nas mãos dos homens tem uma explicação histórica da Revolução Industrial. Com a concentração dos homens nas fábricas e a das mulheres no espaço doméstico, ou ainda, com a participação das mulheres nas fábricas orientada em tarefas repetitivas, de embalagem e controle de qualidade, a habilidade de lidar com ferramentas e máquinas ficou restrita aos homens. A consequência, segundo ela, era que quem dominava as tarefas tecnológicas detinha o poder sobre as pessoas que não sabiam fazer isso, em especial, sobre as mulheres.
A leitura história e cultural da relação entre gênero e tecnologia ajuda a compreender a criação de uma identidade entre masculinidade e tecnologia e o estranhamento e rejeição de mulheres que se associam ao setor (CASTRO, 2013).
No Brasil, existem muitos estudos sobre estresse, principalmente relacionados à área de saúde. Sobre a área de TI, especificamente, Rocha e Debert-Ribeiro (2001) realizaram uma pesquisa acerca do trabalho, saúde e gênero, desenvolvendo um estudo comparativo sobre analistas de sistemas. A conclusão das autoras sugere repercussões na saúde dos analistas associadas às exigências no trabalho e ao papel da mulher na sociedade.
De acordo com a busca realizada fazendo uso do descritor estresse, foi possível identificar que existem poucos estudos sobre o assunto na última década no que diz respeito a área de TI. Fato esse que indica que esta é uma área que carece de estudos e que está necessitando de uma atenção cientifica.
A área da saúde aparece como área predominante em dois descritores estresse profissional e gênero e estresse, desta forma fica evidenciado que já está consolidada uma grande preocupação com as necessidades e perfil desse tipo de trabalhador. Até mesmo pela sua origem histórica e exposição aos riscos visuais como doenças e pacientes.
Outro fator interessante identificado no estudo é o grande índice de publicações no estado de São Paulo no Brasil, o que mostra a necessidade de se elaborar outras pesquisas em diferentes regiões do pais, para podermos fazer um parâmetro nacional sobre esses estudos.
Salientamos a necessidade da realização de mais pesquisas, principalmente relacionados à área de Tecnologia da informação.
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1. Mestranda em Saúde e Desenvolvimento Humano do Unilasalle (Canoas-RS/Brasil). E-mail: fernanda.bender@outlook.com.br
2. Pós Doutora em Estudos de Genero. Doutora en Educação. Docente e pesquisadora do Programa de Mestrado em Saúde e Desenvolvimento Humano do Unilasalle (Canoas-RS/Brasil). E-mail: denisequaresmadasilva@gmail.com