Espacios. Vol. 33 (1) 2012. Pág. 9


Perfil inovador: um estudo de caso em uma indústria de confecção da região noroeste do Paraná

Innovator profile: a case study in a garment industry of the northwest region of Parana

Perfil innovador: un estudio de caso en la industria textil de la región noroeste de Parana

Silvia Mara Bortoloto Damasceno 1, Alexandre Dias Barcelos 2, Antonio Carlos de Francisco 3 y Luiz Alberto Pilatti 4

Recibido: 02-04-2011 - Aprobado: 16-09-2011


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RESUMO:
O objetivo deste estudo é conhecer as capacidades da empresa Alfa para gerar inovações. O artigo é classificado uma pesquisa exploratória, bibliográfica e estudo de caso. É uma pesquisa qualitativa e quantitativa. Foi utilizado um questionário para coleta dos dados. Os resultados demonstram a importância de se acompanhar os indicadores de inovação por parte dos gestores da empresa e possibilita a melhoria em todo o processo que envolve a inovação da empresa ou a implantação da gestão da inovação para as empresas que ainda não desenvolvem a gestão da inovação.
Palavras-chave: Inovação tecnológica, Tecnologia, Conhecimento tecnológico.

 

ABSTRACT:
The aim of this study is to understand the company's capacity to generate innovations Alpha. The article is classified as exploratory research, literature and case study. It is a qualitative and quantitative research. A questionnaire was used for data collection. The results demonstrate the importance of following indicators of innovation on the part of company managers and enables improvements in all proceedings involving the company's innovation or the implementation of innovation management for companies still do not develop the innovation management.
Key-words: Technological innovation, Technology, Technological knowledge.

 
RESUMEN:
El objetivo de este estudio es conocer la capacidad de la empresa para generar innovaciones de Alfa. El artículo está clasificado como una investigación exploratoria, la literatura y el estudio de caso. Es una investigación cualitativa y cuantitativa. Se utilizó un cuestionario para la recogida de datos. Los resultados demuestran la importancia de seguir los indicadores de la innovación por parte de los directivos de la empresa y permite mejoras en todos los procedimientos relacionados con la innovación de la empresa o la aplicación de gestión de la innovación para las empresas todavía no desarrollan la gestión de la innovación.
Palabras-clave: la Innovación tecnológica, la Tecnología, el Conocimiento tecnológico.

1. Introdução

O empreendimento inovador tem sua criação norteada por indicadores que mensuram o nível que se encontra estabelecida a tecnologia e o conhecimento aplicados. Nesse prosseguimento intrínseco, o sucesso a ser atingido detém sua dependência em identificar junto a clientes suas necessidades, para que as mesmas sejam supridas, utilizando-se de inovação tecnológica nos produtos e/ou nos serviços, visando a mais completa satisfação.

Essa engenharia estrutura a adequação através do conhecimento tecnológico conduzido no processo de desenvolvimento do produto e/ou do serviço que almeja a contribuição significativa, como o diferencial de relevante significado.

Este estudo apresenta a problemática de não conhecer o perfil inovador da indústria de confecção Alfa, localizada na região noroeste do Paraná. O artigo tem como objetivo conhecer as capacidades da empresa Alfa para gerar inovações, através da mensuração dos esforços realizados para ser inovadora; dos resultados desses esforços; da cultura organizacional voltada para a inovação; do grau de maturidade nos processos de inovação; do nível de conhecimento e de experiência em práticas de gestão de tecnologia. Esses indicadores permitem identificar o índice de inovação da empresa.

O artigo está estruturado da seguinte forma: conceituação de inovação tecnológica sob o ponto de vista de autores que pesquisam o assunto; procedimento metodológico; resultados; considerações finais e referências.

1.1 Inovação tecnológica e as indústrias

Na atualidade, mais que nunca, recursos humanos incorporado de competência e qualificação são alvo das empresas modernas, que visando aplicar esse padrão, deixam claro o abandono do modelo tradicional, e nessa corrente adaptam novos conceitos de produção, incutindo princípios, tais como: inovação, criatividade, autonomia, confiança, trabalho em equipe aliado a motivação, polivalência, dentre outros. Tal desempenho tem sua meta alcançada, por meio dos objetivos planejados pelos líderes e pelo nível de envolvimento pessoal na execução e realização do projeto (CORREIA; MAINARDES; LOURENÇO, 2010).

No entendimento dos autores, a proposta do modelo focaliza quatro dimensões principais a serem desenvolvidas através do exercício do estilo de liderança transformacional (figura 1), em que tal contribuição alcança excelentes resultados, aliando-se a práticas de gestão com total qualificação, sendo as dimensões: Criatividade; Inovação; Trabalho em equipe e Confiança.

Figura 1. O impacto da liderança transformacional no desenvolvimento da gestão pela qualidade total

Fonte: Correia; Mainardes e Lourenço, 2010

A mencionada qualidade totalizada centraliza-se na segurança de satisfação, inclusive, na excedência quanto às expectativas do consumidor cliente. Essa competência se estabelece com a definição do problema que a empresa efetivamente é capaz da geração de inovação, produzindo a dinâmica e gerando rotinas novas com capacidade de subvertimento acerca de procedimentos organizacionais instalados (CORREIA; MAINARDES; LOURENÇO, 2010).

Para os autores, a representação inovadora é descrita como ciclo de aprendizagem que envolve o procedimento que experimenta, que demonstra experiência, que reflete e que consolida as ações na produção. Para a gestão deste processo, a criação de condições é preponderante para que a aprendizagem emirja e venha ser eficientemente explorada, exemplificando, o desenvolver de produtos novos, ou mesmo no processo de execução da própria tecnologia.

A inovação combina necessidade social e demanda com proposta tecnológica e científica, transformando produto, processo e serviço para o mercado. Assim inovação envolve funções novas com a evolução que altera métodos de produção, desenvolvendo uma organização de trabalho contemporânea que produz novas mercadorias, abrindo campo para consumos e criação de usos (CARON, 2006).

A mudança esperada tem como agente protagonista a inovação tecnológica, cujo progresso social e econômico de vários países e o sucesso empresarial deles, identificado no setor industrial, por exemplo, tem sua dependência na eficácia e na eficiência do conhecimento técnico-científico a ter produção, transferência e difusão quando incorporado nos novos serviços e/ou produtos (KOBS; REIS; CARVALHO, 2008).

Os autores afirmam que o procedimento de inovação tecnológica nasce cogitando-se, analiticamente, as oportunidades inovadoras que interrelacionam o processo de produção de um serviço ou produto. Tais fontes de inovação constroem oportunidade que são criteriosamente pesquisadas e examinadas. A eficiência inovadora consiste na simplicidade e na concentração em que uma coisa seja transparente e específica, cuja contra partida pode criar confusão e trazer o risco do não funcionamento. No seguimento padronizado da inovação tecnológica, de acordo com os autores, o melhor é que a inovação se inicie em pequena proporção, com aplicação de poucos recursos frente ao limitado e pequeno mercado, sendo necessário que haja tempo em suficiência para ajustes e readequações. Logo, o procedimento promissor de inovação vem causado desde o início pela visão da liderança, caso contrário, a proposta para a concorrência estará lançada.

Para Reis (2004) tecnologia é o conjunto de conhecimentos científicos ou empíricos diretamente aplicáveis à produção ou melhoria de bens ou serviços. Segundo esse conceito a ligação entre ciência, tecnologia e inovação destaca o impacto socioeconômico na comunidade sendo aplicados conceitos materiais sobre processo de fabricação, inclusive métodos e produtos no meio de produção.

O autor diz ainda que a tecnologia se classifica em materializada, documentada ou imaterial. A primeira corresponde ao equipamento do processo produtivo como produto final de certo conjunto, exemplificando, preço, design, softwares, entre outros. A outra espécie, documentada, existe pela própria documentação, aos quais se descreve e se explica as soluções, isto é, plantas, livros técnicos, manuais, dentre outros. O aspecto imaterial tecnológico tem sua referência no conhecimento teórico e prático, imprescindível para produção e utilização de bens e serviços. Essa tecnologia se adquire formando o exercício aplicado ao conhecimento.

Em termos industriais a tecnologia se define como conhecimento tecnocientífico que se organiza e sistematiza a atividade industrial. Dentro do processo tecnológico de inovação o agente protagonista pela alteração da atualidade é a inovação tecnológica, que se define tecnicamente como uma idéia que desenvolve um momento prático provocando o sucesso (REIS, 2004).

Outra definição aplica-se ao conhecimento tecnológico que traz o produto novo ou serviços e processos, sempre melhorando os próprios atributos. Essa inovação envolve o plano científico juntamente com o teórico, essa inovação provoca mudança prévia pelo próprio conceito baseado na tecnologia da empresa. O procedimento que inova consiste na capacidade de tecnologia e da necessidade mercantil no contexto empresarial e inovador, competindo e globalizando mercados como fator que sobrevive a organização (REIS, 2004).

Nesse contexto, o conhecimento apropriado que gera inovação e uma tecnologia moderna capaz de desenvolver e transformar ideias é indispensável, pois, a rentabilidade para as empresas que nascem vem pela criatividade empreendida com visão no futuro (CARON, 2006).

Segundo Reis (2004) o recurso humano é fundamental para o acúmulo de conhecimento e para construção de capacidade tecnológica empresarial, originando nesse ponto a competitividade. Nesse elemento pode estar o diferencial inovador que determina o processo da organização envolvendo o mercado, justificando-se a qualificação pessoal do profissional que se contrata.

O conhecimento que reconhece o valor da idéia criadora de colaboradores é detido na inovação organizada, aliados aos ideais constituem o que impulsiona o desenvolvimento da inovação. Por exemplo, o conhecimento tácito enfocado na gestão do trabalho dos japoneses, gera o aproveitamento de suas ‘opiniões’, que auxiliam na formação de protótipos de inovação de uso da empresa, para tanto, a empresa necessita proporcionar condições que estimulem o colaborador a criar mais e mais (KOBS; REIS; CARVALHO, 2008).

Na concepção de Gibson e Skarzynski (2008) quando a empresa assume inovar atinge um momento determinante. Percebe-se que inovar não depende apenas de corporativismo ou pontualidade, reconhecem que inovar envolve valores, comportamento, sistemas de gestão, estrutura organizacional dentre outros, e de fato entende que a inovação funciona se for sustentável devendo ser sistêmica e ampla em sua capacidade.

Na concepção dos autores supra citados, inovar se torna para a empresa um estilo de vida, no entanto, a maioria dessas organizações empresariais não alcança o objetivo, a fragmentação de soluções não é suficiente, isto é, o ponto crucial só é atingido quando há uma meta sistêmica que incorpora a inovação da empresa como o DNA organizacional. A aplicação da sustentabilidade junto da inovação na empresa depende do estilo a ser seguido pelo cotidiano mercantil da mesma, cujos aspectos necessários quando seguidos de forma compromissada torna essa empresa mais forte e competitiva, tecnologicamente falando.

Segundo os mesmos autores, o desejo pela inovação deve ser uma prioridade profunda e fundamental que a organização assuma por sua atividade aliada à qualidade criando assim o aumento dessa capacidade empresarial, em que essa difícil batalha gerencial traz a aptidão sólida e sustentável quando o desafio é vencido incorporando a instituição junto da inovação tecnológica e consequentemente atingindo o nível internacional.

Conforme expõem Gibson e skarzynski (2008) a organização deve reconhecer tal prática inovadora, bem como, normas e procedimentos internos que prejudiquem a inovação, como gerências excessivamente tradicionais que perpetuem essa sistemática e o incremento frente a pensamentos e idéias novas e inovadoras. Dessa forma os autores afirmam que é preciso calcular que a empresa criada voltada para a inovação não se trata tão somente de exigir das pessoas essa inovação, mas sim de assumir concretamente o desafio de alterar os aspectos que diminuem ou atrasam a potência inovadora dessa empresa.

No entanto, Kobs, Reis e Carvalho (2008) citam o desenvolvimento metodológico e aprimorado para a inovação: 1-Compreender o cliente, o mercado, a tecnologia e identificar o problema; 2- Observar as pessoas no cotidiano, para descobrir o que muda seus comportamentos (do que elas gostam, o que lhes confunde, do que não gostam, suas necessidades latentes e não atendidas pelos serviços e produtos; 3- Visualizar novos conceitos para os clientes e para o mundo, como uma retratação da vida atual com o futuro produto, antes dele mesmo existir; 4- Aprimorar protótipos e avaliá-los atenciosamente com o que satisfaz e o que não satisfaz, ao que confunde os clientes, os seus gostos, tudo para que se desenvolva a incrementalidade de um produto, aliando-se a implementação do novo conceito para comercializá-lo.

Novas dimensões vão sendo criadas pela inovação com o conhecimento organizacional aprendido, em que os autores, destacam novos contornos em distintos contextos de organização, setorial e nacional, adotando-se elementos como o pensamento sistemático, a ação estratégica, integração dos processos decisórios e, racionalmente usar as informações; apresentar definição na política dos recursos humanos que direcionam a inovação e o aprendizado, desenvolvendo-se assim a cultura de aprendizagem eficiente a ser aplicada.

2. Procedimento metodológico

Esta pesquisa é de natureza básica e classifica-se como exploratória quanto aos seus objetivos, pois, utiliza-se de materiais já publicados e de aplicação de questionário para coleta de dados. No que tange à classificação da pesquisa quanto aos procedimentos técnicos, detém a pesquisa bibliográfica e estudo de caso, devido a pesquisa ser aplicada em uma empresa específica, para obter os dados necessários. Quanto aos métodos de abordagem do problema classifica-se como qualitativa, pois, a pesquisa utiliza-se de interpretação dos autores na análise dos dados e quantitativa devidos os dados serem representados numericamente.

A construção dos gráficos e tabelas dar-se-á mediante utilização da ferramenta Microsoft Excel®.

Para obtenção dos dados coletados foi aplicado um questionário estruturado em cinco partes, no qual, segue: esforço, cultura, resultados, maturidade e práticas.

2.1 Sustentação tecno-científica

Os indicadores de inovação utilizados neste diagnóstico foram desenvolvidos por Reis et al. (2010), preconizados pelo Manual de Oslo – Diretrizes para Coleta e Interpretação de dados sobre Inovação, 3ª ed. 2005, a partir da tradução realizada pela Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP do original The Measurement of Scientific and Technological Activities Proposed Guidelines for Collecting and Interpreting Technological Innovation Data: Oslo Manual editado pela OECD.

Outra fonte de referência utilizada neste trabalho são os indicadores utilizados pelo Relatório PINTEC, de 2005. O Relatório PINTEC utiliza metodologia recomendada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT, pela Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP e seus dados foram levantados e trabalhados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a partir de pesquisa realizada em 2005 com 92 mil empresas brasileiras.

Utiliza-se também o modelo conceitual de indicadores de inovação empresarial criado pela Associação Nacional de P&D&E das Empresas Inovadoras – ANPEI.

Quanto à mensuração da cultura organizacional voltada para a inovação são utilizadas as premissas de intra-empreendedorismo criadas por Gifford Pinchot e aplicados pela empresa americana Pinchot & Company, disponíveis em http://www.pinchot.com e validadas no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Inovação e Empreendedorismo – IBIE.

Em relação à mensuração do grau de maturidade nos processos de inovação e do nível de conhecimento e experiência em práticas de gestão de tecnologia, são utilizados os conceitos recomendados pelo Innovation Programme da União Européia, criados e difundidos pela Fundación para la Innovation Tecnológica - COTEC da Espanha através do  documento TEMAGUIDE: A Guide to Technology Management and Innovation for Companies (1998)

Finalmente, os pesos atribuídos para cada indicador e sub-indicador são inspirados nos estudos do Prof. Ruy Quadros da UNICAMP, publicados no chamado Índice Brasileiro de Inovação e nos estudos desenvolvidos no Núcleo de Gestão de Tecnologia e Inovação da UTFPR, utilizados pelo Instituto Euvaldo Lodi, da Federação das Indústrias do Estado do Paraná.

2.2 Método de cálculo utilizado para os Indicadores de intensidade de Esforço para a obtenção da Inovação (IEI)

O IEI, cujo valor máximo é 1 (um), é calculado por:

IEI = IRH + IPD + TIR + COI + EFI + CUL + PGT + GMI

Onde:

IRH = Recursos Humanos dedicados à P&D&I. (Peso 0,1)

IPD = Investimento Financeiro em P&D&I (Peso 0,4)

TIR = Tipo do Investimento Realizado (Peso 0,1)

COI = Configuração Organizacional favorável à Inovação (Peso 0,05)

EFI = Estrutura Física da Empresa destinada a P&D&I (Peso 0,05)

CUL = Cultura Organizacional voltada para a Inovação (Peso 0,1)

PGT = Práticas de Gestão de Tecnologia e Inovação (Peso 0,1)

GMI = Grau de Maturidade nos Processos de Inovação (Peso 0,1)

Indicadores de segundo nível para o indicador (IEI)

O IRH = Recursos Humanos dedicados à P&D&I, cujo valor máximo é 1 (um), é calculado por:

IRH = Dout + Mest + Esp + Grad + Tecn + Apoio

Onde:

Dout = Número de doutores em P&D&I / Número Total de Funcionários ( Peso 1)

Mest = Número de mestres em P&D&I / Número Total de Funcionários ( Peso 0,8)

Espe = Número de especialistas em P&D&I / Número Total de Funcionários (Peso 0,6)

Grad = Número de graduados em P&D&I / Número Total de Funcionários (Peso 0,6)

Tecn = Número de técnicos em P&D&I / Número Total de Funcionários (Peso 0,4)

Apoio = Número de funcionários de apoio administrativo para P&D&I / Número Total de Funcionários (Peso 0,2)

O IPD = Investimento Financeiro em P&D&I, cujo valor máximo é 1, é definido por:

Investimentos em P&D&I iguais ou maiores do que 6% do faturamento resultam em IPD = 1.

Investimentos em P&D&I entre 4,0% e 5,9% do faturamento resulta em IPD = 0,8.

Investimentos em P&D&I entre 2,0% e 3,9% do faturamento resulta em IPD = 0,6.

Investimentos em P&D&I entre 1,0% e 1,9% do faturamento resulta em IPD = 0,4.

Investimentos em P&D&I entre 0% e 0,9% do faturamento resulta em IPD = 0,0.

O TIR = Tipo do Investimento Realizado, cujo valor máximo é 1, é calculado por:

A realização de cada tipo de investimento é ponderada segundo os seguintes pesos

Em compra de máquinas e equipamentos (Peso 0,1)

Em treinamento de funcionários para a inovação (Peso 0,15)

Em projetos industriais voltados para a inovação (Peso 0,1)

Em compra de serviços tecnológicos (Peso 0,05)

Em aquisição de tecnologia externa (Peso 0,05)

Em Pesquisa e Desenvolvimento próprio (Peso 0,25)

Em desenvolvimento experimental. (Peso 0,15)

Em engenharia não-rotineira. (Peso 0,15)

O COI = Configuração Organizacional favorável à Inovação, cujo valor máximo é 1, é definido por:

As questões relativas à P&D&I tratadas em nível de Diretoria define COI = 1.

As questões relativas à P&D&I tratadas em nível de Gerência define COI = 0,7.

As questões relativas à P&D&I tratadas em nível de Departamento define COI = 0,5.

As questões relativas à P&D&I tratadas em nível de Divisão define COI = 0,3.

Não existir na estrutura organizacional define COI = 0.

O EFI = Estrutura Física da Empresa destinada a P&D&I, cujo valor máximo é 1 (um) será definido por:

A relação entre a área exclusiva para P&D&I e a área total resultando ≥0,1 define o EFI = 1

A relação entre a área exclusiva para P&D&I e a área total resultando ≥0,05 e <0,1 define o EFI = 0,9

A relação entre a área exclusiva para P&D&I e a área total resultando ≥0,025 e <0,05 define o EFI = 0,8

A relação entre a área exclusiva para P&D&I e a área total resultando ≥0,012 e <0,025 define o EFI = 0,7

A relação entre a área exclusiva para P&D&I e a área total resultando ≥0,006 e <0,012 define o EFI = 0,6

A relação entre a área exclusiva para P&D&I e a área total resultando <0,00 define o EFI = 0.

O CUL = Cultura Organizacional voltada para a Inovação, cujo valor máximo é 1, é calculado por:

Cada uma das 24 atitudes recebe,

Respostas na coluna S – SEMPRE têm o peso 1/24

Respostas na coluna F – FREQUENTEMENTE têm o peso 0,7/24

Respostas na coluna R – RARAMENTE têm o peso 0,5/24

Respostas na coluna N – NUNCA têm o peso 0,2/24

Respostas na coluna NA – NÃO SE APLICA têm peso 0/24.

O PGT = Práticas de Gestão de Tecnologia e Inovação, cujo valor máximo é 1, é calculado por:

Cada uma das 25 práticas recebe

Quanto ao nível de conhecimento

Resposta na coluna CONHECE BEM tem peso 0,5/25.

Resposta na coluna CONHECE POUCO tem peso 0,3/25

Resposta na coluna NÃO CONHECE tem peso 0/25

Quanto ao nível de experiência

Resposta na coluna UTILIZA MUITO tem peso 0,5/25

Resposta na coluna UTILIZA POUCO tem peso 0,3/25

Resposta na coluna NÃO UTILIZA tem peso 0/25

O GMI = Grau de Maturidade nos Processos de Inovação, cujo valor máximo é 1, é calculado por:

Cada opção de resposta equivale ao seguinte peso:

Discordo Totalmente – DT = 0

Discordo – D = 0,3

Concordo – C = 0,7

Concordo Totalmente – CT = 1

Cada afirmação, por sua vez, corresponde a um peso distinto, sendo:

Afirmação 1.1 – peso 0,24;

Afirmação 1.2 – peso 0,23;

Afirmação 1.3 – peso 0,25;

Afirmação 1.4 – peso 0,28;

Afirmação 2.1 – peso 0,035;

Afirmação 2.2 – peso 0,125;

Afirmação 2.3a – peso 0,13 ;

Afirmação 2.3b – peso 0,11;

Afirmação 2.3c – peso 0,11;

Afirmação 2.4 – peso 0,125;

Afirmação 2.5 – peso 0,125;

Afirmação 2.6 – peso 0,12;

Afirmação 2.7 – peso 0,12;

Afirmação 3.1 – peso 0,08;

Afirmação 3.2 – peso 0,08;

Afirmação 3.3 – peso 0,075;

Afirmação 3.4 – peso 0,054;

Afirmação 3.5 – peso 0,08;

Afirmação 3.6a – peso 0,072;

Afirmação 3.6b – peso 0,075;

Afirmação 3.6c – peso 0,075;

Afirmação 3.6d – peso 0,072;

Afirmação 3.6e – peso 0,075;

Afirmação 3.6f – peso 0,065;

Afirmação 3.6g – peso 0,059;

Afirmação 3.7 – peso 0,063;

Afirmação 3.8 – peso 0,075;

Afirmação 4.1 – peso 0,116;

Afirmação 4.2 – peso 0,113;

Afirmação 4.3 – peso 0,112;

Afirmação 4.4 – peso 0,113;

Afirmação 4.5 – peso 0,11;

Afirmação 4.6 – peso 0,111;

Afirmação 4.7 – peso 0,11;

Afirmação 4.8 – peso 0,103;

Afirmação 4.9 – peso 0,112;

Afirmação 5.1 – peso 0,105;

Afirmação 5.2 – peso 0,091;

Afirmação 5.3 – peso 0,106;

Afirmação 5.4a – peso 0,104;

Afirmação 5.4b – peso 0,1;

Afirmação 5.4c – peso 0,103;

Afirmação 5.4d – peso 0,101;

Afirmação 5.5 – peso 0,091;

Afirmação 5.6 – peso 0,098;

Afirmação 5.7 – peso 0,101.

2.3 O método de cálculo dos Indicadores de Resultados dos esforços para a obtenção da Inovação (IRI)

O IRI, cujo valor máximo é 1 (um), é calculado por:

IRI = NPI + PFI + EIP + VTT + PAT + PRE

Onde:

NPI = Número de Projetos de Inovação (Peso 0,1)

PFI = Percentual do Faturamento advindo de novos produtos ou novos serviços. (Peso 0,4)

EIP = Economia de custos decorrente de Inovação em Processos internos. (Peso 0,15)

VTT = Venda de Tecnologia própria para Terceiros (Peso 0,1)

PAT = Número de Patentes requeridas ou concedidas (Peso 0,15)

PRE = Prêmios recebidos relacionados à Inovação (Peso 0,1)

Indicadores de segundo nível para o indicador IRI

O NPI = Número de Projetos que geraram inovações nos últimos 3 anos, cujo valor máximo é 1, é definido por:

Três ou mais projetos definem NPI = 1

Dois projetos definem NPI = 0.6

Um projeto define NPI = 0,4

Nenhum projeto define NPI = 0

O PFI = Percentual do faturamento advindo de novos produtos ou serviços nos últimos 3 anos, cujo valor máximo é 1, é definido por:

Resposta igual ou maior que 40% define PFI = 1

Resposta entre 30 e 39,9% define PFI = 0,8

Resposta entre 20 e 29,9% define PFI = 0,6

Resposta entre 10 e 19,9% define PFI = 0,4

Resposta entre 1 e 9,9 % define PFI = 0,2

Resposta entre 0 e 0,9% define PFI = 0

O EIP = Percentual de economia decorrente de melhorias nos processos, nos últimos 3 anos, cujo valor máximo é 1, é definido por:

Resposta igual ou maior que 40% define EIP = 1

Resposta entre 30 e 39,9% define EIP = 0,8

Resposta entre 20 e 29,9% define EIP = 0,6

Resposta entre 10 e 19,9% define EIP = 0,4

Resposta entre 1 e 9,9 % define EIP = 0,2

Resposta entre 0 e 0,9% define EIP = 0

O VTT = Venda de tecnologias para terceiros nos últimos 3 anos, cujo valor máximo é 1, é definido por:

Resposta SIM define VTT = 1

Resposta NÃO define VTT = 0

O PAT = Número de patentes requeridas ou obtidas nos últimos 3 anos, cujo valor máximo é 1, é definido por:

Três ou mais patentes requeridas ou concedidas definem PAT = 1

Duas patentes requeridas ou concedidas definem PAT = 0,6

Uma patente requerida ou concedida define PAT = 0,4

Nenhuma patente requerida ou concedida define PAT = 0

O PRE = Número de prêmios recebidos pela empresa, relacionados com inovações, nos últimos 3 anos, cujo valor máximo é 1, é definido por:

Dois ou mais prêmios recebidos definem PRE = 1

Um prêmio recebido define PRE = 0,8

Nenhum prêmio define PRE = 0

2.4 O Índice de Inovação da Empresa (IIE)

O IIE, cujo valor máximo é 1 (um),  é calculado por:

IIE = (0,5 X IEI) + (0,5 X IRI)

Onde:

IEI = Índice de Esforços para obter a Inovação. (Peso 0,5)

IRI = Índice de Resultados de Inovação. (Peso 0,5)

2.5 A empresa

A empresa Alfa foi criada no ano de 1993, localizada no Noroeste do Paraná (a 520 quilômetros de Curitiba). As atividades da empresa surgiram com uma parceria entre amigos para fabricar moletons para atacadistas, hoje conta com uma estrutura crescente com várias unidades, 1,7 mil funcionários diretos e que produzem mais de 200 mil peças mensais em quatro marcas: MR, Z, MV e J.

As criações vão desde a linha infantil até a adulta, passando também pela moda fitness e beach. As coleções são lançadas a cada dois meses e os representantes vendem as marcas por todo o Brasil.

A história da empresa Alfa teve a primeira ampliação em 1997, criando a marca Z, para o segmento masculino. Em 1998 surgiu a marca MV para vestir mulheres sofisticadas. Em 2009 ocorreu a aquisição da marca J, uma das mais representativas do país no segmento infantil.

Um dos destaques da política profissional da empresa é a valorização de seu quadro de colaboradores. Há ações e ferramentas para melhoria nos relacionamentos profissionais, familiares e na comunidade. O grupo oferece projetos de saúde, ambiental, cultural, educacional, entre outros.


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